Estava hoje de manhã no Letra Livre, o programa de tv cultura sobre literatura. Os convidados foram o Contardo Calligaris - o psicanalista que publicou agora "Conto de amor" - e o Humberto Werneck - que publicou a biografia, esqueci o nome agora, de uma figura que influenciou Vinicius, Bandeira, etc. Muito bom, o papo. Perguntei pra eles qual foi o primeiro estímulo que tiveram para começar a ler, e a resposta foi unânime: "creci numa casa com uma biblioteca enorme". Citaram Tolstoi, Camus, Conrad.
Humberto foi perguntado novamente sobre "Pequenos Fantasmas", um livro de dez contos que escreveu na juventude e em 2005 distribuiu 500 cópias para amigos. O que ouvi, de amigos que leram (o Julio Borges, do Digestivo), é que é uma pequena pérola da nossa literatura, e que é uma pena que não saia mais comercialmente. Humberto se defendeu dizendo que é um livro muito pessoal, íntimo, e que até estranha que tenham saído resenhas nos jornais e que as pessoas tenham se interessado. Mas confessou que considera uma publicação mais ampla, talvez em breve - "convites não faltam".
Me disseram, aliás, na linha dos-bastidores-da-Flip, que a primeira coisa que Contardo falou quando chegou na cidade foi: "na próxima encarnação, quero narcer ortopedista em Parati". (Tenho ouvido muita gente que participaria da campanha "Vamos arrumar as ruas/calçadas de Parati".) Mas não sei se é uma profissão mais promissora do que psicanalista em São Paulo em 2008.
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