Direto da FLIP: Quase uma impressão

Cheguei agora em Paraty. (Tudo bem: vou escrever com y se for sobre a cidade.) O dia está aberto, lindo, e até, pelo menos agora, quente. Meu iPhone ficou no taxi, no Rio, mas está a caminho. Nunca perdi um celular e nao ia ser agora, caramba.

Vim direto para a Sala de Imprensa. Confesso que fico sempre um pouco desconfortável aqui, apesar de a infraestrutura, este ano, incluir até sanduíche. Não me sinto um jornalista e a idéia não é que esta cobertura seja, em nenhum sentido, jornalística. Mesmo assim, me tratam bem.

Aproveitando, aliás: li agora a entrevista do Gay Talese para o Jornal do Brasil. Lugar de reporter é na rua, etc. Também é boa a parte em que cita seu pai -- que foi alfaiate na Itália, fazia peças maravilhosas mas morreu pobre -- e como ele o inspirou no seu trabalho de escritor. Talese não entendeu o que está acontecendo na internet, mas tudo bem.

É só não confundir: não é porque o cara não tem nem celular que ele vai escrever como Gay Talese. Como não adianta -- como muita gente tenta -- beber como Hemingway para escrever O sol também se levanta. No meu caso, não vou escrever como nenhum dos dois, mas sinceramente: estou torcendo para o meu celular voltar rápido e não acho que só esta dose aqui vai atrapalhar tudo.