Eduardo Carvalho

15 escritores que eu gostaria de ver na FLIP

1. Paulo Coelho
2. Philip Roth
3. Witold Rybczynski 
4. Joseph Epstein   
5. Andrew Sullivan
6. Alain de Botton
7. Sérgio Augusto de Andrade  
8. Malcom Gladwell  
9. Theodore Zeldin
10. Yi-Fu Tuan
11. Luis Felipe Pondé
12. Richard Florida
13. Anthony Lane 
14. Paul Theroux 
15. Carlos Heitor Cony -- porque na Flipinha não vale

Como cobrir a FLIP das sarjetas de Parati

• Typepad > Mobile
• iPhone + Tweetie  
• BlackBerry + TwitterBerry 

Sobre a cobertura da Flip 2009

Nesta quarta-feira começa a Flip. Vou estar lá de novo, como em 2007 e 2008, e acho que este ano -- se não for o melhor -- vai ser um dos melhores anos da Flip: Richard Dawkins, Cristovão Tezza, Milton Hatoum, Gay Talese, Simon Schama, Bernardo Carvalho, Alex Ross, etc. 

Esta nunca é uma cobertura completa ou jornalística do evento. Estou lá como espectador, antes de tudo. Este ano, aliás, comprei todos os ingressos que consegui, mas já tinha se esgotado praticamente tudo da Tenda dos Autores. Não tem problema. Acho que nasci predestinado à pipoca. E normalmente acho companhia interessante pelas sarjetas da cidade.

É de lá -- da rua mesmo --, portanto, que vou manter este blog e o Twitter atualizados todo dia. Até.

De Paris para alguém

 

Vi faz tempo, no cinema, mas me lembrei agora, relendo aquele post.

Bibliografia básica para um curso de Educação Sentimental

 Estou sentindo falta, então resolvi montar uma pequena bibliografia:

• Ensaios sobre o amor, Alain de Botton. A anatomia de uma relação contemporânea. 
• História íntima da humanidade, Theodore Zeldin. Como podem evoluir as soluções para os problemas mais particulares.
• Retrato de uma senhora, Henry James. Como a inocência pode desviar os melhores espíritos.
• Na praia, Ian McEwan. Como um pequeno momento pode decidir uma vida.
• Discurso sobre as paixões do amor, Pascal. Sobre o amor como um destino.
• A idade viril, Michel Leiris. Um exercicío muito profundo e sincero de auto-observação.
• Os sofrimentos do jovem Werther, Goethe. Onde as coisas podem parar.
• Com o diabo no corpo, Raymond Radiguet. Uma descrição muito detalhada de mais ou menos metade dos nossos sentimentos.
• Em busca do tempo perdido, Proust. Uma descrição muito detalhada de todos os nossos sentimentos.

Aceito sugestões. 

O pneu furou

Boa, Ricardo, de novo -- tinha procurado essa música antes e não achava. E aí está tudo tão engraçado. (Pra você, Luis.)

Alguns restaurantes de São Paulo

Escrevi estas notas um pouco inspirado naquele Algumas baladas de São Paulo.

• Le Vin. Jantar com uma amiga que não via há anos. Foi muito melhor do que esperava.     
• Roma. Nós dois numa mesa enorme. Tudo lembra uma época em que não vivi, inclusive o piso, o carrinho de sobremesa e o corte de cabelo de alguns(as) clientes. 
• Forneria. Passo a manhã de sábado no escritório, num feriado em São Paulo, e resolvo comer aquele sanduíche de aspargo como consolo. Levei uns dois relatórios num envelope de plástico, pra ler durante o almoço. Li o jornal. 
• Casa da mortadela. Fui fazer alguma coisa no centro, na época da faculdade, e liguei para um amigo que estagiava lá. Almoçamos um sanduíche enorme e conversamos sobre o que íamos fazer à noite. 
• Emiliano. Um almoço de mais ou menos quatro horas, numa sexta-feira. Conversa com amigos sobre a GV -- apesar de não termos estudado juntos -- e sobre as dificuldades de trabalhar numa empresa grande. Na mesa ao lado, um gordo de babador, com uma postura muito elegante, comendo sozinho. 
• Noborisushi. Na Vila Carrão, alguém sugere um japonês. Um de nós acha que é piada -- justo o que mais comeu, depois. 
• Badebec. Jantar na sexta, no Shopping Market Place, com alguns amigos que não moram em São Paulo. Engraçado ir de novo naquele shopping, depois de tanto tempo. 
• Ritz. Saio mais tarde do escritório, numa sexta-feira, com uma estranha vontade de comer aquele Ritz Burguer com gorgonzola. Sento lá e janto lendo o Caderno 2, tentando organizar o fim de semana. 
• Sushi Kin. Num almoço mais longo, na Amauri, uma conversa quase profunda sobre coincidências e relacionamentos com uma amiga. 
• Carcamano. Uma pizza na quinta-feira com um amigo, depois do trabalho. Conversa sobre trabalho e inesperadamente, em algum momento, sobre a biografia que de Vinicius de Moraes por José Castello. 
• Nagayama. No balcão do Itaim, sexta à noite, sozinho, depois de assistir no Kinoplex Eu e as mulheres -- e do programa que eu ia fazer em seguida (com uma mulher) não funcionar.
• Lanchonete da Cidade. No shopping Cidade Jardim, sábado à tarde, voltando de algum lugar mais longe com a minha irmã. Na janela, uma vista quase surreal do céu de São Paulo. 
• China Massas Caseiras. Alguma coisa ali lembrou minha infância. 
• Fasano. Voltando do banheiro, alguém da nossa mesa para naquele vidro, na escada, em frente à cozinha, e passa a mão na barriga fazendo aquele sinal para o cazinheiro andar mais rápido. O cara deu risada. 
• Cachoeira Tropical. Vou sozinho numa quarta-feira. Ouço a aventura da vida da mulher que tira os pratos, que é muito mais feliz em São Paulo do que era no Maranhão, e tem um piercing no nariz. 
• La Brasserie. O restaurante estava mais tranquilo porque, na última hora, ouvimos do maître, a Adriane Galisteu cancelou uma mesa de uns vinte lugares, que estava toda montada. Me lembro de uma panela ao lado da nossa mesa e de uma sobremesa muito boa. 
• Carlinhos Restaurante. Alguém passou a semana toda organizando o grupo e reservando um carneiro no Pari. Quase ninguém sabia onde fica o Pari. O cara deve ter mandado uns 200 e-mails. Compensou.
• Kinoshita. Último dia na Rua da Glória. Mura, com todo aquele estilo, preparava seus últimos sushis na Liberdade e contava que estava procurando lugar para abrir um novo restaurante, "mais perto dos clientes". Talvez tenha ficado perto demais.  
• Condessa. Almoço domingo quase de pijama. Encontro lá alguém que ainda não sei quem é. 
• Rong He Massas Chinesas. Almoço na Liberdade numa terça ou quarta-feira. A conversa passa por uns 20 escritores diferentes, dos quais não li quase nenhum. Saí de lá com algumas passagens de O homem sem qualidades na cabeça. 
• D.O.M. Meu amigo vai no banheiro e demora. Quando olho em volta, acho ele descobrindo a cozinha com o Alex Atala. 
• Charlô. Na época em que era pequeno, um jantar de despedida com uma namorada. De despedida não me lembro de quem ou pra onde. Mas foi mais ou menos nessa época em que tudo começou a acabar. 
• Getulinho. Num dos primeiros semestres da GV, numa mesa no canto, almoço com o editor do jornalzinho do DA, um cara muito animado. Ele gostava de Beckett e das crônicas do Woody Alan. Decidimos que eu ia publicar uma resenha de Contraponto, do Huxley, e estrear uma coluna sobre literatura. 
• Jun Sakamoto. O garçom usa headfone, então você precisa repetir três vezes que a água é com gás. No balcão, o mestre explica para aquele cineasta por que cerveja também combina com sushi. Alguma coisa ali me deixa um pouco desconfortável. 
• Speranzza. Deve ter sido num final de semana à noite. Estávamos em dúvida aonde ir e, não sei por que, estávamos ali perto. Mas o Bexiga pode ser perto e longe de tudo ao mesmo tempo.
• La Tartine. Era quase um segredo nosso. Nunca fui com mais ninguém. Outro dia, antes de uma sessão no Belas Artes, tentei ir sozinho, mas estava fechado.  
• Rubayat. Sábado, durante aquela feijoada, uma conversa com dois amigos sobre namoradas, trabalho, filhos, etc. Não me lembro o que esse etc. incluía-- talvez casamento. 
• Buttina. Depois de uma manhã entre Morumbi, Guarulhos e Jaraguá, uma massa no jardim com um casal de amigos. Não me senti em São Paulo. 
• La Casserole. Numa segunda-feira tranquila, um jantar francês pesado. Alguma coisa faz daquele ambiente o mais agradável de São Paulo. Na mesa, ouço do meu amigo alguma coisa assim: "agora, cara, se você quiser me encontrar sexta na hora do almoço, pode me procurar aqui".
• B&B Bistrô. Com a família inteira, domingo, depois de um aniversário no sábado. Em duas mesas: uma para os mais novos e outra pras que até há pouco tempo eram crianças. Eu não sabia em qual sentar.

Razões para ser feliz

Uma das coisas mais legais de ter um blog são os comentários mais -- digamos -- pessoais que recebo por email. Por acaso, vários vêm acompanhados de passagens literárias maravilhosas. Hoje recebi esta, por exemplo, do conto O vestido novo, de Virginia Woolf:

"E era igualmente surpreendente o contrário disso -- ou seja, quando tudo estava em ordem -- música, tempo, férias, quando havia razões de sobra para ser feliz -- nada de nada acontecia. A felicidade não vinha. Tudo era chato, apenas chato, e pronto."

Alice Neel e a solidão

Mais aqui.

10 músicas no Blip.fm

Uma amiga me mandou na semana passada as suas favoritas da rádio que montei no Blip.fm; gostei da idéia e escolhi as minhas. Não necessariamente em ordem:

1. Strangers,The Kinks
2. You Can Never Hold Back Spring, Tom Waits
3. Jimmy Jazz, The Clash
4. I Don't Want to Set the World on Fire, The Ink Spots
5. Máscara Negra, Zé Keti
6. Under the Boardwalk, The Rolling Stones
7. Sá Marina, Wilson Simonal
8. Cristina, Tim Maia
9. Juju Balangandã, João Gilberto & Rita Lee
10. Ruby Tuesday, The Rolling Stones

Lá tem mais, claro: Roberto Carlos, Schubert, David Bowie, Audrey Hepburn, Vinicius, Johnny Cash, etc. -- coisas assim.

Dois textos sobre os quais tenho pensando ultimamente

1. In Defense of Distraction. Twitter, Adderall, lifehacking, mindful jogging, power browsing, Obama’s BlackBerry, and the benefits of overstimulation. Um contraponto, em parte, ao The End Of Alone. Porque Proust e Twitter não precisam se excluir.
2. Brain Gain. The underground world of “neuroenhancing” drugs. E se de fato precisamos delas. Porque vivo pensando em alternativas ao café.