A noite de quinta-feira, na Flip, é menos cheia do que as seguintes, mas as figuras estavam aqui. A apresentadora de tv com o ex-ou ainda é presidente da Biblioteca Nacional (que ganharia qualquer prêmio de casal mais simpático do evento), o presidente da tv pública ("subiu à cabeça", dizem), o editor-patrocinador rodeado de - ao menos aparentemente - escritores, etc.
Parati - Sérgio Rodrigues me convenceu a contunuar escrever sem "y" - está praticamente completa, portanto. Não vi muitos escritores da nova geração, mas não sei se os reconheceria nem sei, na verdade, se ainda existem. Como fantasmas, porém, pode ser apareçam atrás de uma porta - ou, é preciso tomar cuidado, de um armário.
O que ouvi é que a Flip este ano está mais acadêmica, por causa do curador, que é diretor do, se não me engano, Cebrap. Faltam grandes nomes, Nobels, Martin Amis da vida, que atrairiam mais gente, talvez. Não sei se isso é necessariamente bom. E, de qualquer forma, neste ano também bons nomes estão aqui.
Modesto Carone, por exemplo, que está falando agora. A sua tradução de Kafka é elogiadíssima, e seu nome está em várias das publicações mais bacanas que saem aqui - assinando ensaios - como em Bartleby, de Melville. É legal ver Modesto Carone ligando Guy de Maupassant a John Ford - gosto de ouvi-lo falar. A pena é que ele, como Ingo Schulze, seu companheiro de mesa, acabou mais lendo trechos de contos, até onde vi.
Gostaria muito de ver mais os autores conversando, discutindo sobre livros e literatura de uma forma menos formal, menos, se quiser, literária. É importante que a Flip ajude a desborocratizar a literatura. Acho até que a sua proposta é mais ou menos essa. Ou seria um Seminário, e não, como é, uma Festa.