Também sou fã do Nomínimo. Era fã antes, na época do No.com, e achei inteligente a estratégia deles: de enxugar o site, lá atrás, quando as contas apertaram. Agora eles estão em outra crise. Estão à venda. E ninguém ajudou, acho, até agora. Nem os fãs, muitos, nem empresários, vários que aplaudem a iniciativa.
Claro. Não faz sentido ajudar o Nomínimo. O conteúdo deles é excelente, e insisto: sou leitor desde que montaram a casa. Só que o modelo deles está errado. Por mais mínimo que seja, eles têm contas a pagar. O Nomínimo – como empresa, como business – nunca vai dar dinheiro. Sua única saída seria um patrocinador solidário – que talvez eles até encontrem, mas de novo: não faz sentido.
Não faz sentido porque o conteúdo do Nomínimo dificilmente acabaria junto com o site. Seus melhores articulistas – o que é natural – continuariam produzindo em blogs. Em blogs pessoais ou de jornais impressos, que estão tremendo para aparecer na Internet. Duvido que o Guilherme Fiuza, o Pedro Doria, o Sérgio Rodrigues, o Ricardo A. Setti, o Daniel Galera, etc., sumiriam com o site. Esse talento ainda vai durar muito.
O Nomínimo, portanto, pode acabar, mas o mais importante não acaba, que é o seu lema – "não precisa ser genial, basta ser inteligente" – e o seu espírito – o de um "quilombo de jornalistas". Ambos estão agora espalhados pela Internet inteira.