Eduardo Carvalho

Tudo está num pequeno romance

Aluguei Um pequeno romance por causa de Laurence Olivier e por causa da capa do DVD, que é simpática. É um filme pra criança. Aquele namoro meio infantil, aqueles diálogos simples, aquela música alegre acompanhando tudo no fundo, aquelas cenas em Paris e em Veneza – aquilo tudo significa alguma coisa para todo mundo. Que foi criança, que se apaixonou, e que precisou um dia se despedir de alguém especial.

O melhor blogueiro do Brasil

Ouvi atrasado a entrevista do Diogo Mainardi com o Ruy Goiaba. Que é curta, mas diz uma coisa que talvez seja verdade: que o Ruy é o melhor blogueiro do Brasil. Ele e o Alexandre Soares. Eu incluiria o FDR, que anda escrevendo menos. Me lembro de quando escrevia para o Digestivo e o Diogo apareceu lá me perguntando quem era essa turma – fora o Ruy, que não estava lá, e incluindo o Rafael Azevedo. Legal que ele continua acompanhando todos.

Mas voltando: o Ruy tem sacadas sensacionais e um texto, se me permitem, espirituosíssimo. E essa foto da Jennifer Connelly, Ruy, vai deixar a sua caixa de comentários limpinha: ela inibe qualquer cachorro de fazer cocô aí.

Como aumentar a visitação do seu blog

• Seja sincero. Escreva o que – e como – você acha que tem que escrever: diga que aquele filme é uma droga, que aquele Senador é um babaca, etc. Esqueça que você tem leitores.
• Assuma que você tem leitores. E que você escreve para eles – e não só para os seus amigos. Explique as referências mais íntimas: ninguém vai saber quem é o Cabeça se você não diz que ele era aquele seu vizinho pentelho.
• Seja interessante. Provavelmente ninguém mais vê o mundo como você vê. Aproveite essa exclusividade.
• Seja útil. Indique alguma coisa boa. O mundo é cheio de coisa inútil, feia, chata. Diga o que não é.
• Crie notícias. Todo mundo continua lendo o Estadão. Fale sobre o que não está lá. Ou o que você acha sobre o que está. Não busque furos; não siga a pauta da semana. Monte a sua.
• Apareça naturalmente. Quer dizer: esteja no Technorati, no Orkut, no MyBlogLog, no Del.icio.us, etc. Comente nos seus blogs preferidos. Escreva para outros lugares – sites, revistas, etc. As pessoas – com interesses parecidos com os seus – vão descobrir assim que você existe.
• Seja rápido. Ninguém lê blog com muita calma. Seja enxuto e direto. Escreva um post e corte pela metade.
• Escreva como gente. Lembre-se de que você pode dividir um trecho mais longo em parágrafos. E que você pode dividir um parágrafo em várias frases. Não monte um blog se você não sabe o que é uma frase.

Em semi-defesa à Enron

Malcolm Gladwell puxou a orelha, na primeira New Yorker do ano, do mundo que não quis ver que a Enron estava indo pro buraco: era óbvio antes de ela se afundar. A história toda foi levantada pelo Wall Street Journal depois de jornalistas simplesmente lerem com mais atenção os documentos da empresa – todos públicos. Não havia mistério. Aliás, eu queria saber o seguinte: quantos jornalistas no Brasil conseguem ler uma demonstração de resultado de uma empresa de capital aberto?

Babel em silêncio

Assisti Babel neste feriado. Praticamente não há diálogos. Claro que é um filme bom. A edição é impecável. Você fica duas horas com uma navalha no pescoço. Parece que estamos passando por uma carnificina. Mas ninguém morre, e o mundo, que estava quase acabando, se salva num final feliz. Nem todo filme bom precisa ter final triste.

Bruna Surfistinha em conotação sacrificial

Só agora fui ler esta revista Entre Livros e é o que imaginava: intelectual demais. Quer dizer: cheia de frases como "O transporte moderno impõe aos intrépidos escritores de viagens um desconfortável estigma". As páginas e páginas sobre a Clarice Lispector repetem o clichê de sempre. A resenha do livro da Bruna Surfistinha é pateticamente séria: "muitas vezes o vínculo entre Bruna e Raquel ganha conotação sacrificial, quase religiosa".

Para não ser muito duro: consegui ler o texto do Milton Hatoum sobre plágio e o José Cartello sobre a Clarice. O texto do Christopher Hitchens sobre as memórias do Gore Vidal estava até estranho lá: com todas as frases claras e fazendo sentido. É pedir demais?

piauí na Internet

Demorou um pouco – e reclamei aqui –, mas a piauí apareceu bonita na Internet. E tem aparecido, aliás, cada vez mais bonita nas bancas. Li agora o perfil de Lily Marinho por Danuza Leão. Insisto: está bem escrito demais para quem escreve aquelas colunas no jornal. O que é um elogio– ou dois: à Danuza e à revista.

Ninguém contra James Bond

Assisti outro dia James Bond contra o Dr. No – o primeiro da série, se não me engano. Me lembrei de um artigo do Antony Lane na New Yorker, sobre todos os James Bonds, que começava asssim:

"All right, pay attention, 007. Here are some things that are great about James Bond movies: the suits, the drinks, the stunts, the cars, the hubcaps of the cars, the men, the women, the posters, the weather, the music, the sex, the life. Here are some things that are not so great about James Bond movies: James Bond movies."

É isso: mas não importa muito se os filmes são bons ou não. Dr. No não tem nada de muito especial: a não ser o fato de as brigas serem rápidas, curtas, o que esses filmes novos de ação deveriam aprender. E a não ser, claro, Ursula Andress. Que faz com que o filme não precise de mais nada para ser espetacular.

Um jantar histórico

De vez em quando janto aqui no Roma. É uma experiência histórica: a decoração continua a mesma desde a última vez que você foi lá, garanto. Até o penteado de alguns clientes parece que são dos anos 50. Peço sempre um tagliarini a bolonhesa que comia quando era criança. Também continua sempre igual: um espetáculo.

Mãos de cavalo, a vida e a literatura mais pura

Li nas férias Mãos de Cavalo, do Daniel Galera. É a história de um cirurgião bem sucedido na crise dos 30 anos. Alguém que fez tudo "certo", mas um certo entre aspas: estudou, ganhou dinheiro, casou, tem uma filha. Agora se sente aflito por ter vivido uma vida que não era sua, como se fosse fingida, falsa. Como se tivesse vivido pros outros. É um drama comum – na literatura e na vida. E que normalmente acaba em tragédia ou em conformismo. Em Mãos não é assim. Hermano, o protagonista, acaba se entendendo sozinho.

Mas as referências: são todas aquelas que vocês, um pouco mais velhos do que eu, viveram ainda mais: calça baggy, lápis Caran D'Ache, tênis M2000, videogame Phanton System, etc. Isso deve ter cativado muita gente. Esses objetos, que às vezes esquecemos que existiam, vão reaparecendo na nossa memória, e nos fazendo lembrar daquelas coisas que eram tão próximas da gente, e de repente desapareceram da nossa vida.

Uma coisa me marcou muito: o tombo espetacular de bicicleta que Hermano leva no primero capítulo. Foi muito parecido com um que tomei quando tinha 16 anos e me sentia também aquele Ciclista Urbano: e arrebentei a minha cara no chão de uma calçada em Alto de Pinheiros. E outra coisa, aliás: não há praticamente nenhuma referência literária no livro. É na vida em que está baseada a literatura mais pura.

Amazônia congelada

Tentei assitir um capítulo desta série Amazônia. Tudo muito bonito, mas minha sensação é a de que a história não anda. Não conseguia prestar atenção por 3 minutos sem me distrair. Nem Eça de Queiroz, nem Proust nem escritor nenhum é tão lento.

5 Blogs de business que leio sempre

Amigos me pedem indicações de blogs de business que costumo ler. Leio vários, mas aqui vão os 5 favoritos. A ordem é do que leio primeiro ao que leio por último:

1. Feld Thougths. Porque Brad Feld– hoje venture capitalist – montou várias empresas desde adolescente. Conhece uma empresa de ponta a ponta. Lê desesperadamente. Corre quase todo dia. Mora entre o Alasca e o Colorado. Sua rotina entre trabalho, viagens, esporte, leituras, blog, jantares, etc., está quase toda no blog, e é inspiradora.
2. A VC. Porque Fred Wilson é um venture capitalist bacana – que adora rock, futebol americano e sua rotina com as filhas. E é responsável por um dos melhores investimentos recentes em startups, o Del.icio.us. Seu blog é uma espécie de laboratório Web2.0.
3. Guy Kawasaki. Porque Guy é o melhor professor para empreendedores: sabe tudo, é didático e é divertidíssimo. Sua palestra sobre como montar uma empresa é imperdível.
4. Seth's blog. Seth Godin é o marqueteiro da Internet – e, portanto, conhece marketing, Internet, blogs, business, estratégia, empreendedorismo, etc. Uma referência dentro das maiores e das menores empresas.
5. Mark Pincus. Porque Mark é um desses caras que ganharam muito dinheiro na primeira bolha da Internet e estão batalhando pelo segundo sucesso. Sua bio é uma banana para o esquema corporativo tradicional: B.A. em Harvard e MBA em Wharton e convidado a não voltar mais para um summer job na Bain &Co.

Depois digam de quais gostaram.

Como ler mais um pouco em finais de semana e feriados

Li 50 páginas de O segundo tempo, do Michel Laub, descendo a serra antes do reveillon. Trânsito também serve para isso. Porque esqueci desta dica – da de ler no carro, guiando – na lista – muito comentada, aliás – de Como ler muito em finais de semana e feriados. (Espero que eu não tenha leitores no DSV.)

Por que eu adoro jogar tênis

Eu joguei tênis durante quase dez anos – dos 7 aos 16 – praticamente todo dia. Só pensava nisso. Me lembro de ficar treinando os movimentos nas aulas de literatura, que eram um saco. Era um vício e uma diversão.

Depois, por quase dez anos, até agora – aos 26 –, joguei raramente com poucos amigos. Achava que não sentia falta. No final do ano passado me deu vontade de voltar a treinar: o que foi uma das decições felizes que tomei em 2006 - e que fizeram o ano passado ser excelente.

Por que gosto tanto de jogar tênis:

• Porque a responsabilidade é toda minha. E de ninguém mais. E não têm desculpas.
• Porque é rápido. Os pontos acontecem o tempo inteiro, um atrás do outro.
• Porque é dinâmico. Muita coisa pode acontecer diferente: um ace, um voleio, uma deixadinha.
• Porque é claro quem é seu adversário. E não é você mesmo nem um time inteiro.
• Porque exige uma concentração absoluta. Não dá para pensar em mais nada no meio de um ponto.
• Porque exige precição. Se a bolinha bater no aro da raquete, adeus.
• Porque o que importa é a ação em silêncio. E não o blá, blá, blá de esportes como futebol ou basquete.
• Porque todos os pontos são um recomeço. E os games, e os sets.
• Porque é bonito. O esporte mais bonito que conheço.
• Porque você esquece que tem um mundo lá fora. E quando sai da quadra parece que ele melhorou um pouco.

A decadência de uma revista

Acho que demorei para reparar: mas onde está aquele texto da Bravo!, que um dia foi a revista mais bem escritas do Brasil? Tem coisas grosseiramente escritas lá dentro. Não precisava. Virou um panfletão dos programas culturais e mais nada. Leio a homenagem ao Paulo Francis que fizeram nesta última edição: tem a Sônia Nolasco em artigo excelente e o José Onofre – apesar de fora dos seus bons momentos –, mas só. Fiquei triste em constatar assim a decadência de uma revista da qual eu gostava tanto.

Melhor do que a ficção

Esse filme Mais estranho que a ficção é o que gosto de assistir: engraçado, rápido, inteligente. É a melhor resposta para quem acha que um filme leve precisa ser plano, chato, como A Menina da Vitrine.

Gostei da relevância das pequenas coisas: um cookie, um relógio, uma maçã. No fim, é disso que é feita a vida. Gostei muito também do Dustin Hoffman como o professor de literatura, todo atleta, que trabalha como salva-vidas na piscina da universidade.

Marc Forster, o diretor, fez um filme fácil, que na mão de qualquer um viraria um filme "de arte". E isso, que fique claro, é um mérito.

Como expandir seu network em 20%

Leio na Você S.A. – uma revista que parece de gozação – que um CEO aí, depois de começar a jogar golfe, expandiu sua rede de relacionamento em no mínimo 20%. Este é o pior de tudo: esse número de 20%. Deve ser no mínimo entediante jogar golfe com um figura desses.

O Brasil de Marc Ferrez, que continua igual

Fui aqui do lado de casa na exposição do Marc Ferrez no Instituto Moreira Salles, na Praça Buenos Aires. A praia de Copacabana deserta, pouca gente nas principais ruas do Rio, um carro de boi no interior de Minas Gerais em 1890, escravos num terreiro de café no Vale do Paraiba em 1882, o Jardim Botânico – como é hoje – em 1890.

Curiosidades: em alguns lugares ainda tem gente andando com aquele mesmo carro de boi; as escravas estavam muito bem vestidas; e na foto do Jardim Bontânico tinha uma placa assim: "Expressamente prohibido tocar nas plantas" – com um bonitão, todo feliz, apoiado numa palmeira.

Entrevista para a Trama Universitário

"O meu blog é o de uma pessoa normal. É o tipo de blog que eu queria que existisse mais. Não vou dizer que é o meu caso, mas acho que tem muita gente com boas sacadas, com idéias interessantes, com experiências bacanas, com um estilo de vida original, que não está nas redações, que não escreve para lugar nenhum. Queria muito que essas pessoas perdessem a timidez."

Da entrevista para a Trama Universitário, que saiu agora em janeiro. Porque eu queria que mais gente tivesse blog.

Destak e o último jornal impresso

Legal que esse jornal Destak esteja em todas as esquinas de São Paulo. É o nosso Metro. Volto da academia lendo umas notícias lá. No começo nossos jornais maiores queriam proibir essa distribuição gratuita. Um absurdo. Alguém disse que o último leitor de jornal impresso vai largar o último exemplar, cansado, em 2042. Não vou ser eu. Acho que é tarde, tarde demais.

Sobre voltar para São Paulo

Eu me desacostumo muito fácil de São Paulo. Saí daqui dia 22 de dezembro e voltei nesta segunda, dia 8. Com uma escala dia 27, em que passei a tarde e dormi numa cidade vazia. Volto agora e tudo parece cheio demais, rápido demais, feio demais.

Me lembro de quando cheguei em São Paulo sozinho, de carro, depois de uma viagem de dois meses pelo interior e litoral do Brasil. Desliguei o rádio e fiquei olhando tudo aquilo: como se nunca tivesse visto tantos prédios, tantos carros, tanta gente. Por alguns segundos, foi como se não conhecesse São Paulo.

Mas por alguns segundos, e só. A gente se desacustuma fácil, mas nos acostumamos muito mais fácil ainda.

Ricardo Semler não está louco

Comecei a ler Você está louco!, do Ricardo Semler, assim que o livro chegou nas livrarias. Comprei com as melhores intenções, mas não conseguia passar da página 50. Achei tudo muito mal escrito. Retomei o livro agora, e confesso que algumas coisas me incomodaram até o fim: "oclusão de personalidade", "barbaridades despóticas", "saudades nostálgicas", etc.

Mas sinceramente: o estilo – e eu acho estilo fundamental – ficou pequeno perto da sua história. Que é a de um empresário impressionante: horas flexíveis de trabalho, hierarquia relativizada, empresa multiplicada, muitas viagens, muitas leituras, programa de televisão, peça de teatro, um hotel especial, uma escola interessante. E tudo num tom muito sincero, autêntico, longe – muito longe – do esquema politicamente correto que domina o ambiente corporativo.

Leia Você está louco! se estiver interessado numa boa história de um empresário original. E leia o que quiser depois, se quiser se livrar do estilo, que pega.

Como ler muito em finais-de-semana e feriados

Li cinco livros agora – entre Natal, Reveillon e esta semana passada: Você está louco!, do Ricardo Semler, Mauá, do Jorge Caldeira, O segundo tempo, do Michel Laub, Dois Irmãos, do Milton Hatoum e Mãos de Cavalo, do Daniel Galera. Não alcancei a meta de um por dia, mas pelo menos percebi que é possível. Principalmente sem Mauá, que tem 550 páginas longas com letras pequenas.

Ler em feriado ou fim-de-semana de casa cheia – no campo e na praia, como foi meu caso agora – tem os seus segredos. Gosto de aproveitar a oportunidade para conversar, comer, assistir filmes, fazer sauna, jogar um tênis, correr, visitar amigos, nadar, andar a cavalo, etc., e é difícil conciliar tudo isso com um ritmo intenso de leitura.

Aqui vão algumas dicas:

• Leia de manhã, na cama. Acorde às 7, 8 horas para ler, e tome café às 9, 10 horas. Todo mundo acorda mais tarde na praia ou na fazenda. "Acorde" você também. Recomendação: um livro de viagens ou história.
• Leia na rede. Uma rede é um lugar quase sagrado, onde ninguém vai te incomodar. Pode ser de manhã ou à tarde, antes de uma siesta. Recomendações: um romance mais longo.
• Leia quando as outras pessoas estiverem fazendo alguma coisa que você não goste. Tipo: assistindo novela, jogando baralho, cantando no luau. Feriado serve para essas coisas também, mas tem sempre aquele momento em que as pessoas se separam um pouco. Recomendação: alguma coisa divertida.
• Leia um livro em vez de ler o jornal. Às vezes de manhã o jornal é concorrido – mesmo em casas em que chegam dois. Em vez de disputá-lo, deixe-o com os mais velhos, e leia o seu livro. Só não vá querer fazer as cruzadinhas depois. Recomendação: um livro de business ou, como dizem, desenvolvimento pessoal.
• Leia na cama, antes de dormir. Vá para a cama mais cedo, ou tome um café antes. Recomendação: um romance leve.
• Leia no banheiro. Não uso muito, mas tem gente que só lê lá. Recomendação: um livro pequeno com capítulos curtos.

Mandem as suas. Vamos ver se no próximo natal leio um tijolo como Mauá em no máximo dois dias.

Para a próxima viagem

Talvez você já esteja planejando as viagens para 2007. Duas dicas: as expedições da National Geographic   e da Royal Georgaphical Society. Claro: os da National Geographic são mais, digamos, comerciais, e o site, portanto, é mais bem montado.

Mas a Royal tem muitas opções bacanas também. As expedições me parecem mais interessantes, mais sérias. Estou pensando em entrar como fellow. A inspiração veio do Você está louco!, do Ricardo Semler, que comento aqui em breve. Aviso, de qualquer forma, quando estiver me programando para atravessar o Saara.

De volta ao trabalho

Só para avisar: este blog volta hoje ao ritmo em que parou em 2006. Depois de um dencanso entre o surfe, o tênis e alguns livros. As novidades vão aparecer aos poucos. Adianto as importantes: ganhei de natal uma botina muito bacana, e gostei muito de jogar tênis com raquetinha de madeira.